Bolachinhas de cacau

A Primavera, que há pouco tempo nos encheu a casa e a alma de Sol, parece ter-se retirado de cena. Voltou a chuva, os dias cinzentos, as manhãs tristonhas.

Apetece de novo fazer guisados demorados, ligar o forno, fazer pão, bolos, bolachas,...

Os miúdos pedem, impacientemente, que volte o Sol, querem ir para o jardim, correr,  jogar à bola. E eu queria tanto vê-los a correr, rosados e suados, com aquele ar supremo de quem é feliz!

A vitamina D realmente faz milagres!

Por cá acendemos o forno e fizemos estas bolachinhas...

Precisamos de:
- 1 + 3/4 de cup de farinha tipo 55
- 3/$ de cup de cacau
- 1 col. chá de fermento de padeiro
- um pouco de sal
- 1/2 cup de açúcar
- 115g de margarina
- 1/3 de cup de leite
- extrato de baunilha

1. Numa taça misturar farinha, fermento, sal e cacau até estar bem misturado.
2. Colocar tudo na Bimby e programar vel. espiga 2m.
3. Refrigerar um hora, envolvido em película.
4. Esticar a massa, cortar a gosto, polvilhar com açúcar.
5. Levar a cozer 180º, entre 8 a 10m.

Bolo de bolacha com coalhada de limão

Temos a sorte de ter bons amigos, daqueles que ficam felizes com as nossas vitórias, que lamentam as nossas derrotas e que, para o que precisarmos, estão sempre lá. Não são muitos, contam-se pelos dedos de uma mão, mas valem por muitos.

E para esses amigos, há sempre lugar na nossa mesa, no nosso coração. Durante anos, jantávamos sempre juntos ao sábado, reunidos cinco deles, a ementa era invariavelmente a mesma: hotdog com molho e batata frita (sim, eu ainda cozinhava pouco nesta altura e menos ainda quando era para outras pessoas). Mas sabia tão bem! Era a comida, era a companhia...era tudo! Como há muito não estávamos juntos, decidimos repetir, agora, com as mudanças de horário da L., e do N., torna-se difícil marcarmos alguma coisa.

Decidi fazer bolo de bolacha para sobremesa porque é a favorita do meu André e do filho da L., do David. Mas a verdade é que gosto pouco de fazer o tradicional creme de manteiga  portanto, decidi dar um outro twist, já o havia feito aqui.

Precisamos de:
- bolacha (uso maria rectangular torrada)
- cevada
- água
- 250g de queijo mascarpone
- coalhada de limão
- 3 col. sopa de iogurte
- 2 col. sopa de açúcar
- 150ml de natas

1. Bater as natas até ficarem volumosas e espessas.
2. Adicionar o queijo mascarpone, o iogurte e a coalhada de limão batendo sempre até ficar bem cremoso.
3. Molhar cada bolacha em cevada dissolvida em água. Fazer uma camada de bolacha, uma camada de creme, e assim sucessivamente.
4. Decorar com raspa de chocolate.


*Coalhada de limão (receita de Otollenghi), para mim esta é a receita de curd que mais gosto):
- 100ml de sumo de limão
- raspa de 2 limões
- 100g de açúcar
- 2 ovos
- 2 gemas
- 80g de manteiga

Juntar todos os ingredientes num tacho, bater bem os ovos, antes dos incorporar na mistura, colocar apenas metade da quantidade de manteiga, e levar ao lume, mexer vigorosamente. 
Quando começar a engrossar baixar o lume e continuar a mexer. 
Mal comece a borbulhar, apague , adicione a restante manteiga e continue a mexer até que se dissolva.
Coar, colocar por cima, directamente, película e deixar arrefecer - de preferência leve ao frigorífico de um dia para o outro.

Pasteis de grão de bico e outras coisas boas

Continuamos, desde há muito, com a segunda feira vegetariana. Os miúdos já sabem, se bem que o mais pequeno entende que estamos na miséria porque à segunda não há carne ou peixe.

Vou variando mas se há coisa que os faz delirar é caril de lentilhas e pão nan.

Não é fácil esta tarefa de os levar a comer coisas diferenciadas, é preciso muita insistência, determinação mas acima de tudo, ignorar as 500 000 queixas.

Mas a verdade é que, com tanta insistência habituam-se a ter as coisas no prato, sabem quais são os legumes, conhecem-nos bem e  vão mostrando as suas próprias escolhas.

O mais velho gosta muito de brócolos mas, quando o avô os faz, não come tão bem porque não ficam crocantes e sim, moles. Não gosta de tomate muito maduro e adora milho grelhado. O mais pequeno adora favas cozidas, mas apenas se for o avô a fazer. Torce o nariz a tudo o que seja verde (finalmente come ervilhas), e adora couve roxa, come tomates às manadas e leva cenoura para o lanche da escola.

Eu adoro todos os legumes mas não morro de amores pelas couves de bruxelas. A minha metade da laranja adora couves de bruxelas e não morre de amores por beringela. Isto pode causar-vos alguma impressão, a mim parece-me um lindo quadro cheio de cores diferentes, e o desafio é aprendermos a cozinhar e a comer aquilo que à partida não comeríamos.

Precisamos de:
*adaptado de Donna Hay
- 55g de cebola
- 135g de grão de bico cozido  escorrido
- sal, pimenta, cominhos e paprika
- 25g de cenoura ralada
- 35g de queijo feta
- 2 ovos
- 3 col. sopa de farinha tipo 55
- 1 col. chá de fermento

*Tradicional*
1. Colocar tudo no copo da varinha mágica e triturar um pouco, deverá ficar com grumos mas todos os ingredientes devem estar misturados.
2. Levar a fritar num pouco de azeite, uns minutos de cada lado.

*Bimby*
1. Colocar no copo da Bimby todos os ingredientes e programar 5-7 uns segundos, cuidado para não se transformar totalmente em papa, deverá ficar com grumos.
2. Levar a fritar num pouco de azeite, uns minutos de cada lado.

uma experiência desastrosa ou melhor pão de sempre?

Sou trapalhona, vocês não sabem mas, sou uma trapalhona. Ajo muito por impulso, penso pouco antes de agir ou de falar. Sou precipitada. Sou casmurra e amuo se contrariada. Tenho mau feitio e há dias em que esse mau feitio ainda está mais acentuado.

E quando fico entusiasmada com qualquer coisa meto geralmente os pés pelas mãos. Foi o caso desta receita, estava tão entusiasmada por a fazer que me esqueci de dois ingredientes.

O que poderia ter sido uma desgraçada, uma experiência desastrosa, tornou-se no melhor pão de sempre, com um interior bem arejado, massa bem aberta e crosta crocante. Hei-de voltar a fazer com farinha de espelta, centeio e farinha de arroz.

Mesmo um desastre se pode tornar em algo maravilhoso, vou ver se me lembro disto da próxima vez que os meus filhos riscarem as paredes...

Já foi anunciado o vencedor do giveaway d´A Metalúrgica Bakeware, S.A. , obrigada pelas vossas participações e eu desejo-vos uma boa semana.

Precisamos de:
- 1 cup + 3/4 de água
- 4 cups + 1/2 de farinha
- um pouco de sal
- 1 col. chá de fermento padeiro seco
- bicabornato de sal

1. Colocar fermento e água no copo da Bimby  programar vel. colher, 37º, 2m.
2. Adicionar os restantes ingredientes e amassar (vel. espiga, 2m).
3. Retirar a massa e ainda que lhe pareça um pouco pegajosa, não adicione farinha, amasse até ficar moldável, macia sem estar pegajosa (vai ficar com uns músculos bestiais ;)
4. Deixar levedar uma hora, num recipiente untado e tapado com um pano.
5. Dividir a massa em partes iguais (a mim rendeu-me 9 porções de igual tamanho), moldar bolas e deixar levedar 15m.
6. Colocar água a ferver com um pouco de sal e bicabornato de sódio.
7. Mergulhar lá cada bola, 30 segundos de cada lado, escorrer bem e colocar num tabuleiro forrado com papel vegetal.
8. Fazer uma cruz no pão, polvilhar com um pouco de sal e sementes de papoila (opcional) e levar a cozer em forno pré-aquecido cerca de 20m.

Gelado de ananás e coco

Depois de descobrir o gelado de morango, tenho sentido vontade de fazer mais, com outros frutos. Além disso é uma sobremesa que está sempre ao alcance do pipoquinha.

No outro dia congelei meio kilo de ananás, descascado em pedaços e num outro saco coloquei ananás e banana. Assim, tendo a fruta preparada e congelada, a qualquer momento posso fazer gelado em poucos minutos e saciar o meu pequenino. Bem, a bem, dizer, a nós também.

Nesta coisa das alergias é meio caminho andado se tivermos as coisas preparadas: os queques no congelador que podem servir de base para um triffle e que ele leva para a escola quando há festa de aniversário dos coleguinhas. Ter gelado pronto e cones que ele possa comer, ter fruta congelada para a qualquer momento fazer gelado. 

Eu, que sou a pessoa menos organizada deste mundo e do outro, nesta coisa de cozinhar sou muito organizada e mais, sou serena, coisa que não sou de forma alguma, como pessoa e nas mais diversas situações.

Mas a verdade é que, quem tem alergias / restrições alimentares em casa, precisa mesmo de planear tudo ao mínimo pormenor. É isso que tenho feito, desde há alguns anos para cá, desde que soubemos da lista de ingredientes que o Gabe não pode comer. Se é difícil? Tem os seus dias, mas vai-se tornando mais fácil à medida que a organização impera no dia-a-dia. Nada é incontornável. Difícil é vê-lo triste ou olhar embevecido perante as montras das pastelarias, o resto, faz-se tudo com um pouco de boa vontade.

Também tenho a sorte de poder tê-lo a comer em casa na hora do almoço e aí controlo bem o que come. Quanto aos lanches da escola, leva tirinhas de cenoura, morangos partidos em pedacinhos, tangerina descascada, banana, tostas, iogurte. Vou variando e ele sabe perfeitamente o que pode ou não comer e já pergunta, quando vai a casa de alguém: "o que é isto? como fizeste?", "tem aroma?"...

E este gelado é mesmo bom e, apesar da Primavera se mostrar envergonhada, há sempre lugar para uma taça de gelado.

Precisamos de:
- 500g de ananás descascado e congelado
- 50g de açúcar
- 250g de leite de coco (usei light)
- 100ml de natas (usei sem lactose)

*Tradicional*
1. Colocar a fruta no robot e triturar.
2. Adicionar os restantes ingredientes e misturar.

*Bimby*
1.Colocar a fruta no copo da Bimby e programar vel. 5-7-9 uns segundos.
2. Baixar o que fica nas laterais e programar de novo vel. 5-7-9.
3. Adicionar os restantes ingredientes  e programar 5-7-9- mais uns segundos até ficar cremoso.

Pão de soja

Há dias em que nos faz falta um pouco de actividade física para descarregar o stress. Se tenho tempo, e se está bom tempo, faço uma caminha com cerca de 6 km, adoro andar a pé! Por vezes, essa hora faz-me falta para outras coisas e então subo os 7 andares pelas escadas, cada vez que levo o pipoca mais novo à escola, a pé. Chego ofegante, com dores nas pernas mas, estranhamente mais calma. Há dias em que esperamos que o telefone toque, em que verificamos o email de 5 em 5 minutos em busca de alguma boa nova que tarda em chegar e nesses dias não há coisa melhor do que fazer pão. O acto de amassar, que executo manualmente por largos minutos faz milagres à minha alma. Talvez noutra encarnação tenha sido padeira, se não o fui, espero não ter sido professora (LOL)!

Adoro o cheiro do fermento a actuar, ver a massa a crescer, e o cheiro a pão acabadinho de fazer é do melhor que há. E todas as desculpas para o fazer são boas: porque quero fazer pão nan, pão recheado,...

Deixo-vos esta receita para o fim de semana, a soja torna o pão um pouco mais massudo por isso, se preferirem poderão fazer com apenas farinha tipo 65, metade de arroz, ou espelta. 

Precisamos de:
*Adpatado do blogue da Belina da Ilha

*Massa *
- 1 col. chá de água de rosas
- 1 col. café de pasta de baunilha
- 25g de açúcar
- 50g de margarina
- 175g de farinha tipo 55
- 175g de farinha de soja
- 125ml de leite
- 1 ovo
- 50ml de água
- um pouco de sal
- 1 col. chá de fermento padeiro seco
- um gema

1. Colocar no copo o fermento, o leite, a água e o açúcar e programar vel. colher, 37º, 2m.
2. Adicionar os restantes ingredientes e programar vel. espiga, 2m.
3. Amassar à mão cerca de 8m (opcional mas fará com que o pão fique mais aberto).
4. Deixar levedar num recipiente untado com óleo e tapado com um pano, num local onde não haja corrente de ar, costumo colocar em cima da arca congeladora.
5. Esticar e rechear a gosto (usei tulicreme), moldar e pincelar com gema de ovo e levar a cozer a 200º até ficar dourado.

Nota: em alguns pães coloquei uma espécie de cobertura semelhante ao pão de Deus, típico de Ermesinde (1 gema + 1 col. sopa de açúcar + 1 col. sopa de coco ralado).

Tarte fingida de maçã ou a versão dos pipocas

O meu pipoca mais pequenino lembra-se coisas e pormenores que nos passa a nós, adultos ao lado. Disse-me logo, uns dias antes do Dia do Pai, que teríamos de fazer uma tarte pois, também havíamos feito no ano anterior. Já nem me recordava disso!

Então achei por bem serem eles a fazerem a receita (teria de ser facílima, decidiriam eles o que fazer) e eu ocupar-me-ia apenas de supervisionar. Fizemos uma tarte de maçã tão simples, tão simples que até é quase dispensável a publicação da receita. Mas quis fazê-lo para deixar na memória a tarte de mr. Té e mr. Gabe, afinal eu poderia ter feito algo mais complicado mas não seria a mesma coisa, pois não?

Precisamos de:
- uma placa de massa folhada
- 3 maçãs
- 3 col. sopa de açúcar amarelo
- 1 col. sopa de canela em pó (usaram Suldouro)
- 1 gema de ovo
- açúcar em pó
- 60g de castanhas do maranhão
- 40g de nozes pecãs

*Tradicional*
1. Descascar as maçãs, retirar o caroço e cortar aos cubinhos.
2. Levar ao lume com o açúcar e a canela até cozinharem.
3. Estender a massa, dividir em duas partes.
4. No processador colocar os frutos secos e triturar.
5. Adicionar as maçãs e triturar (poderiam ter deixado menos passado mas eles quiserem fazer assim, tipo pasta).
6. Rechear a massa folhada, fechar os lados e enrolar as pontas como se fossem rebuçados.
7. Pincelar com gema batida.
8. Levar ao forno a 200º até dourar.
9. Deixar arrefecer e polvilhar com açúcar em pó.

*Bimby*
1. Descascar as maçãs, retirar o caroço e cortar aos cubinhos.
2. Levar ao lume com o açúcar e a canela até cozinharem.
3. Estender a massa, dividir em duas partes.
4. No copo da Bimby colocar os frutos secos e programar 5-7-9 uns segundos.
5. Adicionar as maçãs (poderiam ter deixado menos passado mas eles quiserem fazer assim, tipo pasta) e programar 5-7-9, uns segundos.
6. Rechear a massa folhada, fechar os lados e enrolar as pontas como se fossem rebuçados.
7. Pincelar com gema batida.
8. Levar ao forno a 200º até dourar.
9. Deixar arrefecer e polvilhar com açúcar em pó.

Hamburguer de grão

Hoje é dia do Pai e trago uma receita que em nada se relaciona com o meu pai.

O meu pai é pouco paciente, em tudo: a falar, a comer, esperar...Tem um coração do tamanho do seu mau feitio (LOL). É generoso e bom!

Não tem jeito para a agricultura, detesta exercício físico mas é muito trabalhador e determinado. Tem pouco jeito para arranjar as coisas que se vão estragando, irrita-se facilmente e é impaciente. Tem uma costela britânica e chega sempre antes da hora.

Gosta de cozinhar, de inventar e de tudo o que lhe faça mal à saúde. Se vê um bife imagina-o logo coberto de queijo derretido e fica sempre espantado quando lhe apontamos o quão mal faz essa ementa, como se estivéssemos a fizer uma infâmia. 

Gosta muito da comida da minha mãe mas fica sempre confuso quando vê a minha.

Pudera, se faço receitas como este hamburguer de grão!!!

Mas tem um orgulho enorme das filhas que criou e dos netos e é tão mais feliz quando nós estamos felizes.

O meu pai dava-me a mão quando caminhávamos na rua e eu olhava bem para cima para o poder ver e hoje, que olho para o lado, dá-me a mão quando preciso. 

Tenho a sorte de ter mais dois homens maravilhosos que são exemplos como pais: a minha metade da laranja e o meu adorado sogro. Portanto, posso dizer que na verdade, e ao contrário do que possam dizer os números da minha conta bancária, sou uma pessoa muito rica.

Feliz dia do Pai e deixo um hamburguer que dos três homens da minha vida, apenas um comeria, mas que aos três, tão bem lhes faria.

Precisamos de:
- 1/2 cebola 
- 2 dentes de alho
- 1 fio de azeite
- cominhos, sal, pimenta q.b.
- 50g de romanesco (pode substituir por brócolos)
- pão ralado
- 2 fatias de queijo cabra curado Palhais (reserva)
- 2 cups de grão cozido

*Tradicional*
1. Picar a cebola, os alhos e levar a refogar em azeite, em lume brando.
2. Adicionar o romanesco, em pequenos raminhos, e deixar cozinhar.
3. No processador colocar o grão, o refogado da cebola e romanesco, sal, pimenta, cominhos e o queijo e triturar de forma a ficar em pedaços, não totalmente em pasta.
4. Passar por pão ralado e levar ao lume, numa frigideira antiaderente com um fio de azeite, deixar dourar dos dois lados.
5. Servi com espinafres e cebola salteados e molho de iogurte com mostarda.

*Bimby*
1. Picar a cebola, os alhos e levar a refogar em azeite, em lume brando.
2. Adicionar o romanesco, em pequenos raminhos, e deixar cozinhar.
3. No copo da Bimby, colocar o grão, o refogado da cebola e romanesco, sal, pimenta, cominhos e o queijo e triturar de forma a ficar em pedaços, não totalmente em pasta, vel. 5-7 uns segundos.
4. Passar por pão ralado e levar ao lume, numa frigideira antiaderente com um fio de azeite, deixar dourar dos dois lados.
5. Servi com espinafres e cebola salteados e molho de iogurte com mostarda.

Sandwich de coco e morango

Adoro gelados, tenho um fraquinho pelo Magnum que se prolonga pelos meses de calor. A minha mãe quando chega costuma comprar-me Magnum miniatura e eu vou me deliciando. Quando ela não está, raramente como se o pipoca está, custa-me andar de gelado na mão e ele não se poder deliciar com um gelada daqueles cartazes que saúdam a nossa presença por todo o lado. Ele nunca reclama, é um valente mas ainda assim custa-me. Portanto, inverto a situação e compro cones de gelado na casa Januário, faço os gelados em casa e ele (e eu) consolamos-nos. 

O nosso dia a dia é feito disto, de pequenos ajustes, para que ele não fique triste. Ser mãe também é isto, não é? Ajuda (muito) o facto dele ser um puto que aceita tudo muito bem, bem mandado, bem instruído no que pode ou não comer.

Desta vez fiz uma experiência com umas bolachinhas da Donna Hay e ele comeu um gelado de cone.

Precisamos de:
*Bolachinhas de coco
receita da Donna Hay, Fast, Fresh and Simple

- 2 claras
- 1/2 cup de açúcar
- 2 cups de gelado

1. Misturar tudo.
2. Colocar em tabuleiro forrado com papel vegetal.
3. Colocar a massa em forminhas e carregar com as costas da colher para prensar, retirar a forma de seguida.
4. Levar a cozer a 160º, entre 10 e 12m.

*Gelado:

- receita aqui

*Doce de Amora:
- 1/2 cup de amoras (usei congeladas)
- 2+1/2 col. sopa de açúcar
- um pouco de água
- vagem de baunilha

1. Levar todos os ingredientes ao lume, brando até reduzir.
2. Colocar uma bolacha, uma porção de gelado, nova bolacha e adicionar um pouco de doce de amora.
3. Decorar a gosto (decorei com coco tostado e açúcar em pó).

Gelado 3 ingredientes

ou uma versão "rasca" do masterchef cheat's icecream.

Este fim de semana decorreu o workshop de Sobremesas Saudáveis no espaço Work It. Gostei muito da experiência e quero, desde já, agradecer aos participantes e dizer-lhes que espero que tenham gostado.

Cheguei a casa, e após uma manhã cheia, com muita vontade de ir para a cozinha e fazer coisas novas.

E vinha com o gelado do Matt Preston na cabeça. Tinha um inconveniente, levava claras e se o fizesse como o Matt explicara, o pipoca mr. Gabe não poderia comer. Ora, lá congeminei e achei que poderia substituir as claras por iogurte e natas de soja. Ainda bem que o fiz. Ficou super cremoso e se o vissem hoje, à hora do almoço, tão feliz com o seu gelado, perceberiam que valem a pena todos os esforços e todas as alterações. 

Já estou a imaginar inúmeras versões: framboesa e coco, banana com pedacinhos de chocolate, ananás e coco tostado, hummm.

A vantagem? Faz-se em minutos e é uma sobremesa excelente quando temos tudo menos, tempo.

Boa semana e comam gelados!

Precisamos de:
- 500g de morangos congelados
- 1 iogurte (200ml) natural - usei sem lactose, mas pode usar grego, soja, o que quiserem
- 1 pacote de natas de soja
- 200g de açúcar

*Tradicional*
1. Colocar os morangos no robot e triturar.
2. Acrescentar os restantes ingredientes e triturar.

*Bimby*
1. Colocar os morangos no copo e programar 5-7-9, até ficar triturado.
2. Adicionar os restantes ingredientes e programar, vel. 6, uns segundos.

Uma base, duas receitas de pesto

Como almoço sempre em casa, aproveito a hora do almoço para reforçar as minhas tendências "vegetarianas".  Experimento imensas receitas, diferentes coisas, vou aguçando o paladar, sem interrupções ou queixas porque não há carne ou peixe. Cada vez mais adoro este tempo egoísta em que posso experimentar, só por mim. 

Desta vez usei a mesma base: gnocchi, de compra (detsa vez) e dois molhos pesto. Ambas as receitas são vegetarianas e satisfazem plenamente. A receita do pesto de beterraba foi inspirada no livro: "Da horta para a cozinha" da Cláudia S. Villa.

Esta minha adoração por comida saudável, procurar novos alimentos, diversificar o que como tem-me tornado tão mais rica e feliz com o que como.

Precisamos de:

*Pesto de acelgas:
- 10 folhas de acelgas coloridas
- 10 nozes
- azeite q.b.
- 2 dentes de alho
- sal, cominhos e pimenta q.b.
- 1 col. sopa de queijo parmesão ralado na hora

1. Triturar tudo, juntando o azeite para emulsionar.

* Gnocchi com pesto de acelgas:
- gnocchi
- 1 cenoura
- 1 dente de alho
- um fio de azeite
- cominhos, sal e pimenta q.b.
- queijo parmesão
- 5 nozes
- 4 bolachas de água e sal
- 2 col. sopa de pesto de acelgas

1. Cozer os gnochis conforme indicações da embalagem. Escorrer e reservar um pouco a água de cozedura.
2. Descascar e cortar as cenouras em meias luas finas.
3. Levar ao lume um pouco de azeite, alho picadinho, a cenoura em meias luas, o tempero e deixar cozinhar em lume brando. A cenoura deve manter aquele crocante e não ficar demasiado cozinhada.
4. Juntar os gnocchis às cenouras, adicionando um pouco da água de cozedura e o pesto, deie cozinhar um pouco em lume brando.
5. Para fazer o crocante de bolacha e nozes: descasque as nozes, coloque nozes e bolachas num saco e com o rolo da massa dê umas marretadas para que se desfaçam, leve ao lume este crocante com um fio de azeite.
6. Colocar no prato os gnocchis, polvilhar com o crocante e lascas de queijo.



*Pesto de beterraba:
- 1 beterraba grande
- tomilho fresco
- sal e pimenta q.b. (atenção com o sal porque os pistáchios contêm sal)
- azeite
- 12 pistáchios descascados 
- 1 colher sopa de queijo parmesão ralado na hora

1. Num pedaço de papel alumínio, colocar a beterraba descascada e cortada  em pedaços, o alho picadinho, sal e pimenta, tomilho e regar com um pouco de azeite. Deixar cozinhar a 200º, cerca de 30m.
2. Descartar o tomilho e colocar os restantes ingredientes no copo da varinha mágica, adicionar os pistáchios, queijo e triturar, adicionando azeite aos poucos. Prove e retifique sabores.


*Gnocchi com pesto de beterraba e brócolos:
- gnocchi
- 2 col. sopa de pesto de beterraba
- brócolos
- queijo parmesão
- sal e pimenta

1. Coza os gnocchis conforme indicações da embalagem. Escorra e reserve um pouco de água da cozedura.
2. Coloque água a ferver e coloque a cozer, dois minutos, os floretes de brócolos, coloque de seguida em água fria.
3. Coloque num tacho os gnocchis, os brócolos, a água de cozedura e o pesto e deixe cozinhar um pouco. Retifique temperos e sirva com parmesão ralado na hora.

Barrinhas de cereais "vegan"

Adoro o Sol, os dias amenos mas esta mudança de temperatura dá comigo em doida. Tenho andado com a tensão (muito) baixa, muito mal disposta e daí andar um pouco distante do blogue.

A vontade de cozinhar, a lista (que fica cada vez mais extensa) de coisas a fazer não desapareceram, têm estado um pouco em stand by.

Adoro fazer coisas que o meu pipoca mais pequenino possa comer e gosto, ainda mais, de fazer coisas saudáveis para podermos comer sem a culpa nos assombrar.

Estas barrinhas de cereais são muito saborosas, enchem-nos de energia e são um excelente snack.

Esta receita foi o resulta de muitas tentativas e erro, até conseguir a receita que não se desmanchasse ao partir e que fosse cheia de sabor.

E portanto, podemos partilhar o lanche sem nada que lhe faça mal, e assim eu como um montão de coisas boas e sacio a fome.

Lembro-vos que ainda se podem inscrever no workshop de doces saudáveis, a acontecer no espaço da Work It este sábado, dia 15 de Março. Vamos fazer umas sobremesas saudáveis?

Não posso chamar vegan porque levam mel, mas se substituirmos por xarope de agave, torna-se vegan...;)

Precisamos de :
- 1 col. sopa de gengibre cristalizado
- 1 col. sopa de sementes de chia
- raspa de lima
- 1/2 cup de coco ralado
- 1 col. sopa de mel
- um pouco de flor de sal
- 1/2 cup de flocos de aveia
- 25 amêndoas, inteiras, peladas e tostadas
- 1 col. café de pasta de baunilha
- 4 col. sopa (mal cheias e esta medida é um mero indicativo) de água
- 1 col. chá de cardamomo verde em pó
- 12 tâmaras sem caroço

*Tradicional:
1. Colocar no processador as amêndoas, a chia e triturar um pouco.
2. Adicionar as tâmaras e triturar de novo.
3. Adicionar os restantes ingredientes, excepto a água e triturar.
4. Adicionar a água, uma colher de cada vez até a "massa" ligar.
5. Colocar numa forma quadrada, forrada com papel vegetal, fazendo pressão com a espátula. levar ao frigorífico pelo menos 1h.

*Bimby:
1. Colocar as amêndoas e as sementes de chia no copo da Bimby e programar: vel. 5-7-9 uns segundos.
2. Adicionar as tâmaras e programar de novo: 5-7-9 uns segundos.
3. Adicionar os restantes ingredientes, excepto a água e programar: vel. 6 uns segundos para que fique bem misturado.
4. Sem o copo, adicionar a água, uma colher de cada vez até a "massa" ficar ligada.
5. Colocar numa forma quadrada, forrada com papel vegetal, fazendo pressão com a espátula. levar ao frigorífico pelo menos 1h.

Pão de soda irlandês com arandos

Outro dizia a alguém que a melhor forma de me passar o stress é mesmo fazer pão, adoro!

Aliás adoro cozinhar mas fazer pão é mesmo um dos meus grandes "amores".

Desta vez fiz um típico pão irlandês com bicabornato de sódio, ficou com crosta crocante e um cheirinho que encheu a casa.

A massa fica um pouco pegajosa mas, não deve trabalhar demais a massa para não perder a sua textura crumbly e não deve cometer o erro de acrescentar mais e mais farinha.

Precisamos de:
- 250g de farinha tipo 65
- 1/2 col. chá de bicabornato de sódio
- um pouco de sal
- 200ml de buttermilk 
- arandos q.b.

1. Aquecer o forno a 200º.
2. Numa taça misturar farinha, bicabornato, sal e farinha.
3. Adicionar os arandos, buttermilk e misturar.
4. Formar uma bola fazer uma cruz com a faca, polvilhar com farinha e levar a cozer por cerca de 30m.

Pão (receita básica)

Adoro fazer pão e adoro comer pão!

O gosto por fazer pão em casa vai aumentando a cada dia que passa, o resultado final surpreende-me sempre, o cheiro que deixa pela casa...hummmm!

Costumo fazer a massa na Bimby mas perco sempre entre 8 e 10m para amassar à mão e realmente este último passo, este "dedicar-me" à massa, faz uma grande diferença.

E esse amassar é o que faz valer a pena fazer o próprio pão.

Fui buscar a receita aqui, apenas modifiquei a farinha: usei de dois tipos.

Aproveitem o Sol, façam uns pãezinhos destes, recheiem com alface, queijo fresco, ovo cozido e vão comer para o parque.

Não se esqueçam do giveaway a decorrer e o Workshop de sobremesas saudáveis que decorrerá dia 15 de Março na Work it.

Bom fim-de-semana!

Precisamos de:
- 400g de farinha tipo 65
- 100g de farinha de grão de bico
- 300g de água
- um pacote de açúcar (daqueles que nos dão no café)
- 10g de sal (usei metade)
- 3,3g de fermento seco de padeiro

1. Colocar o fermento, o açúcar e água e programar vel. colher, 37º, 2m.
2. Adicionar os restantes ingredientes e programar vel. espiga, 3m.
3. Amassar à mão entre 8 a 10m "puxando" uma porção da massa para si, rodando e voltando a fazer  o mesmo, mesmo que a massa esteja um pouco pegajosa não cai na tentação de adicionar mais farinha, amassar a massa fará com que não fique tão pegajosa e além disso ficará com uns músculos fantásticos ;)
4. Deiar levedar 1h numa taça untada com óleo e coberto com película também untada com 
óleo.
5. Leve a cozer 30m a 250º, eu polvilho o fundo do forno com água pois o vapor fará com que a crosta do pão fique estaladiça.

Bolinhos de batata

As minhas melhores receitas são muitas das vezes, feitas a partir de aproveitamentos de sobras.

Detesto deitar comida fora, detesto aquecer exactamente como sobrou e então a solução é sempre reciclar, inventar.

Desta vez sobraram batatas assadas do assado de linguiça: batata de frança e batata doce. Guardei num recipiente e elas ficaram, pacientemente, à espera da sua vez no frigorífico.

E ainda bem que esperaram, transformaram-se nuns deliciosos bolinhos de batata que foram servidos com molho de iogurte e cominhos. É caso para dizer: batatinhas the best is yet to be ;)

O meu filho mais velho delira com molho de iogurte, e adorou os bolinhos. Em vez de as comermos no dia vegetariano, comemos no primeiro dia da Quaresma e aproveitamos que estava sol para poderem correr e jogar à bola como há tantos meses não o podiam fazer.

Precisamos de:
*para 4 bolinhos:

*Bolinhos de Batata:
- 1 batata de frança assada
- 1 batata doce (pequena) assada
- 1/2 cebola
- 1 dente de alho
- tomilho fresco
- sal, pimenta, pimentão doce, cominhos q.b.
- 1 ovo
- 1 col. sopa de farinha de milho
- pão ralado
- óleo

1. Esmagar com um garfo as batatas de forma a quem fiquem com grumos e não em papa.
2. Acrescentar cebola picadinha, alho, tomilho fresco picadinho, os temperos, ovo batido e farinha e envolver bem.
3. Moldar bolas e passar por pão ralado.
4. Fritar num pouco de óleo até ficarem dourados de cada lado.
5. Escorrer em papel absorvente.

*Molho de iogurte e cominhos:
- 2 col. sobremesa de iogurte grego natural
- cominhos, sal e pimenta q.b.
- sumo de limão
- um fio de azeite

1. Misturar tudo e mexer bem, servir fresco.

Bolo de cacau e café com cobertura de chocolate

Há dias especiais, em que a família se reúne em volta da mesa e comemora o facto de estar vivo, de se ter uma família por piores que os tempos sejam. E não falo só dos tempos de crise, de austeridade económica, mas também das desavenças que há em todas as famílias, os contratempos (como o desemprego), os divórcios, as irritabilidades próprias de muita gente junta. O tema é geralmente futebol e fala-se com decibéis para além do aceitável. As mulheres vêm fotos antigas e riem-se das roupas, dos penteados. Os miúdos riem-se, discutem e as tias vão lhes dando mimos e xi-corações apertadinhos e beijos repenicados, são as estrelas das festas. 

A mesa é sempre farta, cheia de coisas boas e tipicamente portuguesas: a broa de milho, as azeitonas, a regueifa, as fatias bem fininhas de presunto, os tremoços e depois fazem fila as saladeiras cheias de feijoada à transmontana, com os belos grelos a espreitar.

A conversa vai alternando entre o Porto, o Benfica e o Sporting. Cada um puxa pelo seu clube e discute-se acerca deste jogo ou daquele penalti. Tal como a broa e as azeitonas nunca faltam, o futebol também não! 

A sobremesa calha-me muitas vezes a mim fazer, e não é algo que me aborreça. É sempre bom termos cobaias para as novas experiências. Egoisticamente, quando faço uma sobremesa penso sempre em mim. "fica bem a combinação destes sabores?", "vou gostar? detestar?", "pediria num restaurante?". Se a resposta é sim, sigo em frente e faço a receita que idealizei. Mas também, muitas vezes faço planos para algo e na hora mudo tudo, o que geralmente irrita quem vive comigo. Isto está relacionado com o facto de passar o tempo a pensar em comida e depois dá nisto...

Mas este bolo, este bolo é muito bom! A combinação dos sabores resulta muito bem.

E há ocasiões especiais em que se comemora estarmos cá e termos uma família mesmo que muito se discuta sobre futebol e que merece um bolo à altura.

Precisamos de:
*Bolo:
- 2 cups de farinha sem fermento
- 2 cups de açúcar amarelo
- 3/4 de cup de cacau de boa qualidade
- 2 col. chá de bicabornato de sódio
- 1 col chá de fermento em pó
- 1 cup de kéfir (pode substituir por iogurte grego natural)
- 1/2 cup de óleo
- 2 ovos
- aroma de baunilha, usei Vahiné
- 1 café expresso

1. Misturar os ingredientes secos: farinha, fermento, bicabornato, açúcar.
2. Misturar os ovos numa taça à parte com a baunilha, óleo e o kéfir.
3. Misturar os ingredientes líquidos nos secos.
4. Envolver bem, raspando as laterais e o fundo da taça para que não se acumule farinha.
5. Leve a cozer em forno pré-aquecido a 180º, em forma (eu dividi a massa a meio e cozi em duas formas iguais)  untada e polvilhada com farinha e o fundo forrado com papel vegetal, por cerca de 35m.
6. Deixe arrefecer na forma 30m.

*Recheio e cobertura:
- 200g de chocolate preto de boa qualidade
- 1 embalagem de creme fraiche
- 1 col. sopa de golden syrup
- 1 col. sopa de margarina
- pistáchios e morangos para decorar

1. Leve ao lume, em banho-maria a derreter o chocolate, a margarina e o golden syrup, quando estiver a ficar derretido, adicione o creme fraiche e misture bem.
2. Deixe arrefecer um pouco, mexendo de 5 em 5m.
3. Recheie e cubra o bolo.
4. Decore a seu gosto, eu decorei com pistáchios e morangos.

Pot pies de bacalhau e umas courgetes panadas

lembro-me perfeitamente de abominar bacalhau, do quanto detestava bacalhau à espanhola que o meu pai fazia e adorava (não sei se ainda continuará a fazer), com as suas camadas de batata, cebola e louro. Mas como o bacalhau tinha bastantes ódios de estimação: ervilhas, brócolos, feijão verde, couve, repolho, cebola, ....e a lista é infindável. E hoje, anos-luz daquele tempo, pouco há que não coma, excepção feita para o feijão fradinho. E o meu pai continua a adorar bacalhau, podia comer o mesmo em todas as suas variações: bacalhau.

O bacalhau também aprendi a gostar, em pataniscas, omeletes, gratinado, com natas, em rolo, conditado,em  wraps e nestas pot pies.Com bacalhau e muitos legumes, cobertas com um biscuit feito mas que podem substituir por massa quebrada.

E a courgete, que eu tanto adoro foi panada em ovo e uma mistura deliciosa e frita.

Não se esqueçam do passatempo a decorrer aqui no Delicias, envie-nos a sua  receita de bolo infaliável, aquela que sai sempre bem.

Precisamos de:
*Pot pies de bacalhau:
- bacalhau desfiado (usei um lombo Bacalhau Dias e desfiei)
- cebola
- brócolos
- cenouras
- ervilhas
- milho
- 1/4 cup de leite
- 3 col sopa (mal cheias de farinha)
- açafrão
- massa quebrada
- um fio de azeite
- manteiga
- sal e pimenta q.b.

1. Levar ao lume o azeite e refogar a cebola bem picadinha, sem deixar queimar.
2. Cortar cenoura em cubinhos pequeninos, brócolos em floretes minuscúlos, e adicionar ambos ao refogado, deixando cozinhar em lume brando.
3. Quando estiverem a ficar cozidos, acrescente o bacalhau desfiado, milho, ervilhas, tempere de sal e pimenta e deixar cozinhar mais um pouco.
4. Coloque em ramequins, cubra com uma porção de massa quebrada, derreta um pouco de manteiga e coloque por cima da massa, leve ao forno pré-aquecido a 180º até dourar.

*Courgetes panadas:
- 1 courgete
- 1 ovo
- pão ralado
- 2 col. sopa de flocos de aveia
- 1 col. sopa de queijo parmesão
- 10 nozes
- óleo para fritar

1. Pique os flocos com as nozes, misture bem ao pão ralado e ao queijo que deve ralar.
2. Corte as courgetes às rodelas e passe cada rodela por ovo batido e por esta mistura, leve a fritar.
3. Escorra bem em papel absorvente

Madeleines de pistáchio e alfarroba

Na passada 5º feira tive a oportunidade de conhecer as instalações da  A Metalúrgica Bakeware Production, S.A e ficar a saber como se fazem as formas. Vim de lá impressionada com o processo pois, desconhecia-o de todo mas, especialmente inspirada pela conversa com o Pedro Cancelo, com o entusiasmo e orgulho com que fala deste negócio centenário, familiar e português. Em tempos de descrença, de crise e de pessimismo a motivação e a crença desta equipa de pessoas num negócio português cujo volume de negócios é 95% dedicado à exportação, dá-me uma alegria e um misto de tristeza pensar em tanta coisa boa, 100% portuguesa e que muitos desconhecem. Deveria ser trabalho público promover esta empresa, como tantas outras com certeza, que têm imensas famílias a trabalharem no mesmo local, pessoas que lá trabalham há 20 e muitos anos e com muito orgulho. Como o sr. Paulo que me contou que começou nesta empresa aos 17 anos, há 23 anos e não tinha qualquer especialização tendo neste momento o posto de encarregado. O brilho de orgulho nos olhos deste homem ao contar-me isto, foi algo excepcional.

Adorei descobrir o processo de fabricação das formas e gostei mesmo muito da conversa com o Pedro, e deste saber fazer tradicional com muita qualidade com que se trabalha na Metalúrgica Bakeware.

Aconselho uma visita às instalações e verem as formas que são de qualidade superior e para quem não o possa fazer, podem sempre comprar na loja online.

O Delicias associou-se à Metalúrgica e teve a sorte de poder escolher 3 formas, maravilhosas e ainda teve a surpresa de ser oferecida uma forma para fazermos um giveaway. Uma das formas que trouxe foi esta de madeleines.

As regras deste giveaway são.

- fazerem gosto na página do Delícias

- fazerem gosto na página da A Metalúrgica Bakeware Production, S.A

- partilharem publicamente o link do passatempo

- enviarem por email uma receita de bolo, simples, sem grande aparato, ou cobertura mas aquela receita infalível. Poder ser uma receita de bolo de laranja, de iogurte, mármore, limão,...

- Tem até ao dia 19 de Março, às 23:59 para enviarem a receita + foto para o email claudiaraquelpinto@gmail.com

- O vencedor será escolhido através de sorteio aleatório.

- O prémio é uma forma Savarin ondulado que será enviada para o vencedor e cujos dados: nome, morada, email e telefone devem ser enviados para mim por email.

Depois de tão grande início de post vamos à receita, umas madeleines de pistáchio e alfarroba, cujo ar delicado cativam ao primeiro olhar.

Precisamos de:
*inspirada na receita da Rachel Khoo, Little Paris Kitchen (rendeu 17 madeleines)

- 3 ovos M à temperatura ambiente
- 130g de açúcar amarelo
- 180g de farinha com fermento
- 30g de pistáchios (que devem ser triturados)
- 2 col. sopa de farinha de alfarroba
- 160g de margarina + um pouco para untar
- 10g de fermento em pó
- 80ml de leite
- açúcar em pó

1. Bater ovos com o açúcar até ficar bem volumoso.
2. Juntar os ingredientes secos: farinha, pistáchio, alfarroba, fermento.
3. Adicionar a margarina derretida aos ovos e bater bem.
4. Envolver os ingredientes secos à mistura dos ovos.
5. Levar ao frigorifico no mínimo 1h.
6. Untar a forma com margarina derretida e colocar (com a ajuda de um saco ao qual devem cortar a ponta) uma porção em cada forma de madeleine.
7. Levar a cozer a 190º 5m.
8. Desligar o forno 1m.
9. Ligar de novo o forno a 160º por 5m.
10. Servir com açúcar em pó.