Falava outro dia com uma amiga sobre o facto dos meus filhos comerem muita coisa diferente. Ela elogiava isso e dizia que são pouco os miúdos que experimentam coisas diferentes. Fiquei a pensar nisso. Talvez o meus leitores pensem que é fácil. Desenganem-se, não é de todo! É um trabalho de anos de insistência, sem me deixar vencer pelo cansaço de tanta perguntas: "o que é?", "o que leva?", de tanta reclamação por causa das coisas "verdes" no prato. O meu filho mais velho foi um terror para comer até ser operado à adenóides. Alimentava-se de leite simples, iogurtes, salsichas e sardinhas pequeninas. Pouco mais!
A minha relação com a comida e com a cozinha foi mudando ao longo dos anos. Com a descoberta das alergias do Gabe, fomos aprendendo, todos, a comer de forma diferente, a experimentar ainda mais coisas, a comer melhor, no fundo.
O mais velho tem dificuldades em comer na casa dos outros, habituou-se a comer sempre muito diferentes e portanto oferecerem-lhe batatas cozidas com peixe cozido e das coisas piores que lhe podem fazer.
Entre as mudanças que fomos fazendo na nossa alimentação: menos molhos com natas e afins, cada vez menos fritos, cada vez menos carne, introduzi há anos o dia vegetariano e tem corrido bem. O que não quer dizer que não haja reclamações, que as há. Mas sabem, ou já perceberam, que não adianta reclamar.
O mais velho adora batata doce no forno, em palitos grossos bem douradinha, uma lentilhada bem picante e tortilhas de todas as formas e feitios. O mais pequeno delira com um chillli e sementes de todos os tipos e feitio e pão bem escuro. Gostos diferentes, portanto.
Mas confesso que é engraçado vê-los crescer e fazer as suas próprias opções. Se perguntarem ao mais velho se quer comer no McDonald's ou ir ao sushi ele optará, sem hesitar, pela segunda hipótese.
Bem que dizem: somos o que comemos.
Hoje trago-vos um pesto, aldrabado, sem pinhões ou outros frutos secos e sem queijo mas, ainda assim, delicioso e saudável.
Precisamos de:
- massa
- couve romanesco
- ervilhas
- 2 dentes de alho
- salsa
- sal e pimenta
- 3 alcaparras
- camarão
- azeite q.b.
1. Cozer a massa conforme indicações do pacote em água abundante temperada com sal.. Reservar uma chávena de café da água de cozedura.
2. Separar a couve romanesco, cortando as "cristas das mesmas" e reservando os caules mais grossos.
3. Cortar os caules bem fininhos e levar a cozer até ficarem macios.
4. Colocar os caules cozidos no liquidificador, 1 dente de alho, a salsa, sal, alcaparras e pimenta e triturar adicionando o azeite em fio. Prove e verifique se necessita de mais um pouco de sal.
5. Cozer as "cristas" do romanesco. até ficarem al dente.
6. Saltear o camarão em azeite, alho picadinho, com um pouco de sal até este ficar rosado.
7. Escorrer o romanesco muito bem e saltear com um pouco de azeite juntamente com as ervilhas, tempere de sal e pimenta.
8. Escorra a massa, adicione o romanesco, as ervilhas, o pesto e a água de cozer a massa que reservou.
9. Misture muito bem, sirva com o camarão salteado.
esse camarão salteado tão bom, adoro camarão.
ResponderEliminarwww.ocantinhodosgulosos.blogspot.pt
Parece excelente!
ResponderEliminarGostei dessa massa...
ResponderEliminarBeijihos,
Clarinha
receitasetruquesdaclarinha.blogspot.pt/2015/02/linguica-com-grao-de-bico.html