quinta-feira, 31 de julho de 2014

Gallette de ervilhas

Estas semanas não têm sido dificeis. Não me lembro de andar tão cansada como agora.
Entre as doenças, que parece que compraram bilhete mensal, andar muito ocupada, pouco tempo sobra para pratos e travessas.
Sinto falta de cozinhar, preparar as coisas e fotografar. Muita falta! Talvez por isso me sinta assim, com uma falta de energia assutadora. faz-me falta aquilo que me move. Faz-me falta alguma tranquilidade que isto de viver com eles doentes faz com o coração esteja sempre desasossegado. Fazem-me falta mimos e sopas.
Faz-me falta a minha mãe...
Dentro em breve começam tempos mais suaves e aí, ninguém escapa aos meus cozinhados porque o que cozinhamos com amor sabe infinitamente melhor (ah, e fica aqui registado que o melhor arroz de ervilhas do mundo é o da minha metade da laranja!!!).
Respondendo ao desafio da Susana e da Iglo, mais uma vez, trago uma gallette de ervilhas tão, mas tão boa que é impossível só comer uma fatia. Quem resiste a ervilhas? São o legume mais bonito e perfeitinho do mundo.



Precisamos de:
*Massa:
- 2 cups + 1/2 de farinha
- sal
- 113g de margarina
- entre 1/4 a 1/2 de água bem fria


1. Trabalhar a massa até estar bem ligada.
2. Envolver em película e levar ao frigorífico por 1h.

*Recheio:
- 150g de ervilhas Primavera Iglo
- 100g de cogumelos portobello pequenos
- sal, pimenta e oregãos
- 1 cebola
- 1 col. chá de açúcar amarelo
- 1 col. chá de vinagre balsâmico
- um fio de azeite
- queijo manchego

1. Refogar os cogumelos, partidos em pedacinhos no azeite.
2. Tempere com sal e pimenta e deixe cozinhar um pouco.
3. Adicione as ervilhas e deixe cozinhar um pouco.
4. Retire do lume e deixe que arrefeça.
5. À parte, leve a refogar a cebola, em azeite e deixe cozinhar, mexendo, até ficar dourada, sem queimar. A ideia é deixar caramelizar. Adicionar o açúcar, sal e pimenta e o vinagre e deixar reduzir um pouco.
6. Estender a massa da gallette e no centro colocar as ervilhas e os cogumelos, por cima a cebola caramelizada (convém escorrer para que não traga demasiada humidade para a massa da gallette), polvilhar com queijo manchego ralado na hora, fechar as bordas da massa (fazendo pregas na massa) de forma a que o centro fique aberto.
7. Pincele com gema de ovo batida e leve a cozer a 190º por cerca de 20m (deverá ficar dourada e estaladiça).
8. Servir com uma boa salada.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

batatas recheadas com ervilhas

Já sabem que não resisto a um bom passatempo. Já me tem acontecido (umas quantas vezes!!!) só descobrir o prémio no fim. Gosto do desafio, de ser desafiada!
E sempre é uma forma de relaxar, comer e experimentar coisas novas. 
Por cá tenho a sorte de ter quem vai fazendo esta viagem comigo e não se importe das coisas fora do normal que vou fazendo.
Sou uma sortuda, eu sei! Os meus filhos vão gostando de experimentar, umas vezes fazem-no a medo, outras com mais confiança mas conhecem bem os legumes, as leguminosas, os cereais e já não estranham se eu falar em millet, quinoa, cevada. 
A Susana e a Iglo desafiaram e eu tinha mesmo de participar, ainda por cima sendo eu uma grande fã de ervilhas. Fiz a batata recheada e aproveitei a parte de cima para levar ao forno e os pipocas deliraram. Agora querem que toda a gente experimenta esta técnica ;)
Hoje fizeram uma sandes de frango e cortaram a fruta aos bocadinhos e ainda colocaram a loiça na  máquina e varreram a cozinha. Digam lá se não sou uma sortuda?




Precisamos de
*dose para duas pessoas

*Batatas recheadas com ervilhas:
- 2 batatas (usei vermelha) grandes
- 100g de ervilhas Primavera Iglo
-sal, pimenta e pimentão fumado
- 2 fatias de queijo camembert
- um fio de azeite

+Tradicional:
1. Lavar as batatas muito bem, secar  e picar com um garfo de ambos os lados e levar ao microondas 10m (a meio do tempo vire as batatas ao contrário).
2. Deixar arrefecer.
3. Cortar o topo( e reservar) e retirar com uma colher de chá o recheio.
4. Levar ao lume o azeite e saltear as ervilhas, temperar com sal, pimenta e pimentão fumado.
5. Esmigalhar as batatas e juntar às ervilhas, assim como camembert e triturar de forma a que fique com pequenos grumos.
1. Lavar as batatas muito bem, secar  e picar com um garfo de ambos os lados e levar ao microondas 10m (a meio do tempo vire as batatas ao contrário).
2. Deixar arrefecer.
3. Cortar o topo( e reservar) e retirar com uma colher de chá o recheio.

+Bimby:
1. Lavar as batatas muito bem, secar  e picar com um garfo de ambos os lados e levar ao microondas 10m (a meio do tempo vire as batatas ao contrário).
2. Deixar arrefecer.
3. Cortar o topo( e reservar) e retirar com uma colher de chá o recheio.
4. Colocar azeite, ervilhas e temperos no copo da Bimby e programar vel. colher inversa, 100º, 5m.
5. Acrescentar o recheio da batata e programar vel. 5-7-9.
1. Lavar as batatas muito bem, secar  e picar com um garfo de ambos os lados e levar ao microondas 10m (a meio do tempo vire as batatas ao contrário).
2. Deixar arrefecer.
3. Cortar o topo( e reservar) e retirar com uma colher de chá o recheio.

*Casca de batata:
- casca da batata (o topo) cozido
- azeite
- sal
- pimenta preta moída na hora

1. Misturar tudo e levar ao forno até ficar bem crocante.
2. Servir com molho barbecue.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Black forest

Cá por casa as courgetes continuam a chegar em força. Já não sei mais que lhes faça, congelei para o Inverno, fiz doce, em souflé, gratinadas, em salada...A terra é mesmo assim, é generosa na altura de cada legume e eu, tenho a sorte de quem me vai oferecendo legumes, biológicos, maravilhosamente saborosos.
E é de aproveitar...
A propósito disso, pensei em muitas coisas, muitas relacionadas com as escolhas que fazemos na vida, até na cozinha. Tenho aprendido ao longo dos tempos a ser mais organizada, a comer melhor, a cozinhar melhor, a desperdiçar cada vez menos. É uma viagem contínua, todos os dias aprendo algo novo.
Mas confesso que fico a matutar nas decisões que tomo e questiono-me como teria sido se tivesse agido de maneira diferente. 
E enquanto matuto nas minhas (in)decisões vou comendo uma fatia deste bolo maravilhoso.
(a receita foi adaptada a partir de muitas que pesquisei na Internet)



Precisamos de:

*Bolo:
- 1/2 cup de cacau de boa qualidade
- 1 cup de água a ferver
- 1 + 1/3 cups de farinha
- 1 col. chá de fermento em pó
- um pouco de sal
- 1 cup de açúcar granulado
- 113g de margarina
- 2 ovos
- baunilha

1. Dissolver o cacau, muito bem na água quente e deixar arrefecer completamente.
2. Untar a forma e forrar com papel vegetal.
3. Aquecer o forno a 170º.
4. Numa taça misturar farinha, fermento e sal.
5. Bater margarina e baunilha com açúcar e adicionar, um ovo de cada vez, batendo bem entre cada adição.
6. Adicionar à mistura dos ovos, a mistura da farinha e mexer bem.
7. Adicionar a água com cacau, mexendo bem mas sem bater demais a massa.
8. Levar a cozer cerca de 30 / 40m (depende de cada forno, faça sempre o teste do palito para verificar se está cozido).
9. Deixe arrefecer, dentro da forma cerca de 10m só depois transfira para uma grelha e deixe arrefecer completamente.

*Recheio:
- doce de frutos silvestres
- 80ml de mirtilos
- morangos

1. Triture tudo.
2. Corte o bolo a meio e recheio com este doce, uma dose de cobertura e morangos em pedaços.

*Cobertura:
- 1 embalagem de queijo quark
- 1 pacote de natas
- 2 col. sopa de açúcar

1. Bata as natas até ficarem volumosas.
2. Adicione o açúcar e o quejo, bata bem.
3. Coloque uma porção deste creme no interior do bolo e cubra com a restante

Nota: Decore com raspas de chocolate, fruta, como mais gostar!

terça-feira, 22 de julho de 2014

madalenas

Não sei se se lembram destas madalenas. Comprovam-se uma série delas, um saco delas e eu quase que podia jurar que vinham de Espanha. Mas a verdade é que,a cada pacote, era uma delicia senti-las desfazer na boca.
É engraçado como associo momentos felizes a determinada comida. Talvez por isso goste de cozinhar, para assinalar, marcar, memorizar através da comida, momentos felizes.
É um escape, é um veículo para memórias felizes, é o meu momento zen.
E há tantas pessoas que desvalorizam a comida, a sua preparação, o acto de comer. Fico admirada ao reparar no que as pessoas comem, fico abismada com a desvalorização dos ingredientes frescos. Ainda no outro dia discutíamos cá em casa como é possível haver miúdos que todos os dias comem bollycao ao lanche. É que não faz qualquer sentido. É prático? Sim. É barato? Não, sai bem mais barato um pão com manteiga. Além de que é habituar, desde pequeno, a hábitos alimentares errados. 
Confesso que nestas coisas sou um pouco antiquada. O meu A. nunca provou coca-cola (nem qualquer refrigerante), nunca comeu um bollycao, não come rebuçados, não masca pastilha elástica, provou um bolo com creme quando já tinha 9 anos. Nunca o habituei a isso e ele agora não demonstra qualquer interesse.
Mas realmente choca-me ver miúdos de 4 anos a emborcarem copos de coca-cola e seven up.
Os miúdos dizem que não gostam de legumes, mas se os habituarmos a verem-nos no prato, se os prepararmos de forma saborosa eles acabarão por comer. Os meus também não gostavam e agora comem de (quase) tudo. Mas é um trabalho a longo prazo, e diário. Não podemos desistir. 
Assim como a sopa que é das melhores coisas que podemos comer. No Verão faço poucas vezes (comem muitas saladas e compensa a falta da sopa), mas quando chega o mês de Setembro comem sempre a sopa antes da refeição.
Cá por casa é rara a refeição sem legumes, até porque eu não sei comer de outra forma. 
Mas a propósito da forma como comemos aconselho a lerem este texto fabuloso da Joana Roque
A alimentação, como tudo na vida é uma questão de escolhas e de organização. Dá trabalho comer bem mas há certas coisas nas quais devemos e podemos investir. Comprar um grande pé de salada e lavá-la só dá trabalho uma vez, lava-se, escorre-se bem e guarda-se no frigorífico num saco. Fazer uma panela de sopa alimenta muita gente. E eu defendo, cada vez mais, comer menos carne mas comer melhor. Há tantas coisas boas para comermos.
Deixo-vos a receita das madalenas porque podemos comer um doce, de vez em quando e é infinitamente melhor fazermos nós a comprarmos.



Precisamos de:
*adaptado daqui:

- 125g de farinha
- 2 ovos
- 125g de azeite
- 1 col. chá de fermento e pó
- 125g de açúcar
- raspa de limão
- casca de limão
- vagem de baunilha

1. Levar o azeite ao lume com a casca e limão e vagem de baunilha.
2. Deixar arrefecer completamente.
3. Bater os ovos com o açúcar, a raspa de limão e o fermento.
4. Adicionar a farinha peneirada e o azeite, envolver muito bem até ficar sem grumos.
5. Colocar nas formas e polvilhar com açúcar.
6. Levar ao forno a 200º, pré- aquecido por cerca de 15m, verifique se está cozido com um palito.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Conchas recheadas

Este fim-de-semana foi o sétimo aniversário do meu pipoca. 7 anos!
7 anos de aprendizagem, de muito amor, muitas alegrias e também muitos ajustes e muitas preocupações. Mas a verdade é que há 7 anos que tornas a nossa vida infinitamente mais feliz.
No meio desta alegria imensa de comemorar o seu aniversário tive o pipoca mais velho muito doente, como há muito não estava. Muita preocupação à mistura, muito cansaço e uma angústia tremenda. Ser mãe também é isto...
Neste momento sinto-me cansada...A precisar de dormir, muito!
E esta receita vem mesmo a calhar, vegetariana, que nos deixa plenamente satisfeitas...



Precisamos de:
- conchas grandes
- 150g de ervilhas
- 1 requeijão (usei Saloio)
- 1 cebola
- um fio de azeite
- sal, pimenta e cominhos
- 250g tomate pelado
- oregãos
- harissa
- pão
- 2 col. sopa de flocos de aveia
- alho em pó
- queijo parmesão

+Tradicional:
1. Picar a cebola e refogar no azeite.
2. Adicionar as ervilhas, sal, pimenta e cominhos e diexar cozinhar um pouco
3. Cozer a massa conforme as instruções da embalagem. Escorrer, colocar num tabuleiro com um fio de azeite (para não colar) e reservar.
4. Triturar as ervilhas com o requeijão e rechear cada concha com esta mistura.
5. Triturar o tomate com os oregãos, um pouco de azeite, sal e pimenta. Colocar este molho num pirex e por cima colocar as conchas recheadas.
6. Triturar pão, flocos de aveia, alho em pó e polvilhar por cima das conchas.
7. Ralar queijo parmesão e levar ao forno a 180º até dourar.

+Bimby:
1. Colocar no copo a cebola e o azeite e programar 5-7-9 uns segundos.
2. Programar vel. colher, 100º. 5m.
3. Adicionar as ervilhas, sal, cominhos e pimenta e programar vel. colher, 3m, 100º.
4. Deixar arrefecer, adicionar o requeijão e programar vel. 5-7-9, uns segundos (o recheio não deve ficar totalmente em puré mas com alguns grumos).
5. Cozer a massa conforme as instruções da embalagem. Escorrer, colocar num tabuleiro com um fio de azeite (para não colar) e reservar. Rechear as conchas com a mistura de ervilhas.
6. Depois de lavar o copo, colocar o tomate, oregãos, sal, azeite e pimenta e triturar 5-7-9, uns segundos. Colocar o molho num pirex e por cima as conchas recheadas.
7. Lavar e secar bem o copo e colocar o pão, flocos, alho em pó e programar 5-7-9, uns segundos.
8. Polvilhar as conchas com esta mistura, ralar queijo parmesão e polvilhas, levar ao forno até dourar (180ºC).

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Doce de pêssego, tomilho e baunilha

Esta receita não foi feita hoje mas, apetece-me publicar. Ver a cor deste doce maravilhoso para ver se me animo.
Hoje tive um dia de cão! Um dia daqueles em que só nos apetece esquecer...Apetecia-me deitar, acordar e ser de novo a manhã de hoje!
O meu filho passou a tarde no hospital, estava com uma crise de asma brutal, como há muito não tinha e uma infeção respiratória. Fez umas quantas nebulizações e mesmo assim, nota-se o esforço que faz para poder respirar. Vê-los doentes parte-me o coração em mil e um bocadinhos, morro um bocadinho de cada vez que isso acontece. Por hoje temos de vigiar a febre, amanhã também com a recomendação de amanhã voltarmos ao hospital para não chegarmos de novo aos 39º. 
Raios, é muito, muito difícil ver um filho doente mas mais ainda quando fica doente nas oficinas de Verão pelas quais esperou o ano inteiro. Às vezes acho que a justiça não é divina mas sim, parvamente cega. 
E para ser honesta até tenho medo de dormir, medo que precise de mim, que piore, que a febre aumente.
Ele foi descansar há pouco, estava exausto, estamos todos foi um dia difícil.
Deixo-vos uma receita da cor do Sol com a esperança de que o amanhã seja melhor!



Precisamos de:
- 1 vagem inteira de baunilha
- 6 hastes de tomilho-limão
- 1500 kg de pêssegos bem maduros sem casca e nem caroço
- 750g de açúcar

1. Levar os pêssegos aos bocadinhos, as hastes inteiras de tomilho-limão envolvidas em gaze e a baunilha cortada a meio, longitudinalmente, ao lume e deixar cozinhar até atingir o ponto desejado.
2. Retirar a gaze com o tomilho-limão e a vagem (lavar bem e secar para poder utilizar de novo), enfrascar (os frascos devem ser esterilizados) e fechar os frascos com o doce ainda quente.
3. Servir com tostas e requeijão.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Salada vegetariana de quinoa

Gosto de pensar que comando no tempo. É uma "inverdade" absoluta e que me faz adiar o inadiável. Vou adiando as tarefas que não me apetece fazer, as que não quero fazer e as que me causam algum incómodo psicológico. E nessas alturas, refugio-me entre pratos e panelas e mil e um ingredientes.
Sou uma pessoa estranha: adio o que não quero fazer mas passo o tempo a fazer planos, listas, listinhas e apontamentos "a fazer". Tenho (fui obrigada) aprendido a viver cada dia, um de cada vez. Sem entrar em depressão pelo amanhã, por não ter tudo planeado e organizada ao minuto. Angustia-me confesso mas, tal como cozinho para afastar os maus pensamentos, a tendência depressiva de quem teme o futuro, vou vivendo e planeando cada dia dizendo sempre a mim mesma que "hoje vai ser melhor".
É uma forma de viver, ou será antes uma forma de me manter sã?
E à segunda-feira, no dia vegetariano fiz a melhor salada de quinoa do mundo porque hoje vai ser melhor...




Precisamos de:
- quinoa
- 2 cenouras
- couve portuguesa
- 2 dentes de alho
- um pouco de azeite
- 1 col. chá de mel
- 1 col. chá de alho em pó
- 1 col. café de cominhos em pó
- sal e pimenta
- tomate, pepino e azeitonas para acompanhar

1. Retirar o talo central das couves, lavar, escorrer, enrolar como se fosse um charuto e cortar, bem fininhas.
2. Levar a cozer em água e sal até ficarem tenras.
3. Descascar as cenouras, cortar em rodelas finas, regar com o mel, adicionar o alho em pó, o sal e a pimenta e levar ao forno por cerca de 15m a 180º.
4. Cozer a quinoa, no dobro da quantidade da água em lume brando até que fique tenra e bem solta quando lhe passa o garfo. Tempere com sal, pimenta e cominhos.
5. Picar os alhos e levar ao lume com o azeite, temperar de sal e pimenta, deixar cozinhar um pouco e adicionar a couve, entretanto escorrida. Deixar cozinhar um pouco.
6. Misture a couve, a quinoa e as cenouras e verifique o tempero.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Gelado vegan de mirtilo

O calor parece ter vindo para ficar. Reparem que disse "parece" pois, como S. Pedro anda um pouco esquizofrénico, nunca se sabe. 
E para aproveitar, fizemos gelado, vegan e de mirtilo. Os mirtilos também me lembram o Verão, as idas anuais à feira, na capital do mirtilo, Sever do Vouga.  Desta vez trouxemos, de novo alguns quilos de mirtilos, alguns ficaram no frigorífico de onde os comem como se fossem pipocas, os restantes foram congelados para termos durante o ano.
E os gelados lembram-me a praia (apesar de ainda não ter posto os pés na areia), as esplanadas, as construções de areia.
Os miúdos têm ido para a praia todos os dias e andam tão felizes. Os miúdos não precisam de muito para serem felizes, certo? Os adultos é que complicam tudo e metem entraves em tudo e mais alguma coisa.
Esta receita ficou muito, muito boa!
Experimentem...
Bom fim de semana!



Precisamos de:
*Gelado:
- 500g de mirtilos congelados
- 160g de açúcar
- 3 iogurtes (300g) de iogurtes de soja naturais e sem aroma (uso soyasun)

1. Triturar tudo (vel. 5-7-9, raspar os lados e de novo 5-7-9).

*Calda:
- 160g de mirtilos frescos
- 100g de açúcar
- baunilha
- 1 col. sopa de água

1. Levar tudo ao lume e deixar cozinhar lentamente.
2. Triturar e coar.
3. Colocar um pouco de calda por cima do gelado.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Gelado com curd de mirtilos

Ah, o calorzinho bom parece que veio. Será que veio de vez, sr. São Pedro? Ou andaremos de novo, titubeantes, ora chove, ora faz sol, ora nos fazes calçar botas, ora andamos descalços. É que esta indecisão já chateia. E eu gosto é do Verão, das esplanadas, andar sem casaco, deixar de ter este ar de lula, comer gelados, ir à praia. E parece-me que os dias vão-me desaparecendo por entre os dedos sem eu aproveitar o que quer que seja. E aborrece-me, aborrece-me mesmo porque quero aproveitar os longos dias até ao fim.
Aproveitei um bocadinho de calor que apareceu, sem eu contar, e fiz um gelado com curd de mirtilos. E sim, os mirtilos também me fazem lembrar o Verão.



Precisamos de:
*Gelado:
- 4 pacotes de natas 35% 
- 2 col. sopa de açúcar
- 3 col. de iogurte grego natural
- meia dose de curd de mirtilos
- 7 folhas de gelatina

1. Hidratar a gelatina.
2. Bater as natas até ficarem volumosas.
3. Adicionar o iogurte, o curd indicado, o açúcar e bater bem.
4. Escorrer as folhas de gelatina, derreter 1m no microondas e adicionar ao preparado, batendo mais um pouco.
5. Colocar numa forma de bolo inglês revestida com película e levar ao congelador umas horas.
6. Quando servir, descartar a película e servir com o restante curd.

*Curd de mirtilos:
- 125g de açúcar
- 30g de margarina
- 300g de mirtilos
- raspa de limão
- 2 ovos

1. Levar a banho maria, os ovos, o açúcar e a raspa de limão.
2. Bater sempre para que fique arejado e vá ganhando volume.
3. Leve ao lume os mirtilos e mal comece a ferver, desligue.
4. Adicione a margarina, dividida em 3 porções iguais, uma de cada vez, batendo sempre até esta derreter e só aí, acrescentar o pedaço seguinte.
5. Adicionar a fruta aos ovos, batendo sempre e triturar. Coar.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Bolas de berlim

Finalmente o tempo parece sorrir. Os dias têm estado tão horrorosamente horrorosos para a estação em que estamos. Não me parece Verão, definitivamente! Ainda não senti areia nos pés, ainda não fui a uma esplanada comer um gelado, ainda não fizemos piqueniques em família. É o que mais gosto no Verão, a família junta, os miúdos felizes, a barulheira infernal de muita gente junta. A felicidade deve ser barulhenta porque quando estamos todos juntos há tudo menos, silêncio.
Em breve o pipoquinha faz 7 anos. A sogra alguns mais. Em breve haverá um passeio em família e um piquenique, cheio de gente e barulho. Em breve também, faremos um, cá, para celebrar o aniversário deste pipoquinha tão meiguinho e feliz que tornou a nossa vida ainda mais feliz. E em tempos felizes, concentramos-nos no que é bom e no que nos enche a alma: a família. E por família entenda-se também os amigos.
Em breve também, se prevê uma visita aos meus pais para matar as saudades que vão mirrando a nossa alma. E com esta visita, trarei também coisas novas para experimentar aqui no meu "laboratório".
Portanto, prevêem-se dias cheios, luminosos e felizes, aproveitemos ao máximo e de preferência a comer uma bola de berlim.
A receita foi adaptada ao meu gosto, como sempre.




Precisamos de:
*Bolas de berlim:
Ingredientes (p/ 12  bolas miniatura):
- adaptado daqui


225 gr farinha (usei tipo 65)
75 gr manteiga ou margarina ;
36 gr açúcar ;
5 gr fermento de padeiro ;
1 ovo ;
1 colher (café) sal fino ;
1 limão ;
Óleo de fritar.

+Tradicional:
1.Peneire 50 gramas de farinha para uma tigela e no meio deite o fermento de padeiro dissolvido num pouco de água morna.
2. Misture muito bem e deixe levedar num local quente.
3. Peneire a restante farinha sobre a pedra da mesa, faça uma cova no meio e deite dentro o sal, o açúcar, a raspa da casca do limão, a margarina cortada em bocados, os ovos e o fermento já levedado.
4. Bata tudo muito bem, e quando todos os ingredientes estiverem amassados, forme uma bola. Coloque a massa numa tigela polvilhada com farinha, tape com um pano e deixe levedar até dobrar de volume.
5. Estenda a massa e faça com ela um rolo.
6. Corte-o em bocados pequenos e dê-lhes depois a forma de Bolas de Berlim.
Coloque-as num tabuleiro polvilhado com farinha e deixe levedar até dobrar de volume.
7. Frite as Bolas de Berlim em óleo (o lume deve estar no mínimo), e quando estiverem loiras, retire-as com uma escumadeira.
8. Deixe escorrer sobre papel absorvente e passe-as ainda quentes por açúcar pilé e canela.
9. Querendo pode rechear as bolas, depois de fritas, com creme pasteleiro.


+Bimby:
1. Colocar 50g de farinha, fermento, um pouco de água no copo da Bimby e programar vel. colher, 37º, 2m.
2.Deixar que levede um pouco (cerca de 30m).
3. Adicionar os restantes ingredientes e programar: vel. espiga, 2m.
4. Retirar a massa, que deve estar pegajosa e trabalhar na pedra da cozinha até deixar de estar pegajosa. Forme uma bola. 
5. Deixar levedar numa bacia polvilhada com farinha até dobrar de volume.
6.Estenda a massa e faça com ela um rolo.
7. Corte-o em bocados pequenos e dê-lhes depois a forma de Bolas de Berlim.
Coloque-as num tabuleiro polvilhado com farinha e deixe levedar até dobrar de volume.
8. Frite as Bolas de Berlim em óleo (o lume deve estar no mínimo), e quando estiverem loiras, retire-as com uma escumadeira.
9. Deixe escorrer sobre papel absorvente e passe-as ainda quentes por açúcar pilé e canela.
10. Querendo pode rechear as bolas, depois de fritas, com creme pasteleiro.



*Creme pasteleiro:
- adaptado daqui:

150 ml de nata
300 ml de leite
100 g de açúcar
40 g de maizena
2 gemas
cumaru

1. Numa taça misturar as gemas, o açúcar, a maizena, cumaru ralado e uma parte do leite (o suficiente para que tudo se dissolva).
2. Aquecer o leite e a nata.
3. Deitar o leite e a nata quentes sobre a mistura de gemas, mexendo sempre.
4. Coar.
5. Levar de novo ao lume, mexendo sempre, até que engrosse e sem que ferva.
6. Arrefecer mexendo constantemente, tapar com film sem que haja ar entre este e o creme.
Refrigerar até usar.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Panquecas de grão (versão salgada)

Os dias têm passado depressa! E Verão...nem vê-lo :(
Por cá andamos entusiasmados com um projecto, nada de especial mas que nos diz muito, e que irá acontecer daqui a 1 ano. 
Nesta altura aproveitamos sempre para comer pão com chouriço nas festas e romarias que vão acontecendo em volta, farturas e churros. É o maravilhoso mundo do Verão: as noites ao ar livre, levar os miúdos ao parque à noite, comer gelados, saladas, ficar na rua até mais tarde, estar com os amigos. Era preciso que o S. Pedro colaborasse, tem andado de candeias às avessas e isto não anda famoso.
Confesso que tenho sentido frio à noite e portanto tomar café à noite tem sido em versão fechada enquanto esperamos por dias melhores.
Hoje trago uma versão salgada de panquecas inspirada nos muitos blogues asiáticos, que nos mostram muitas vezes panquecas com camarão. Fiz as minhas modificações e servi com barriga de porco, cozinhada na panela de pressão até se desfazer com o garfo.



Precisamos de:
- 1 cup + 1/2 de farinha de grão de bico
- 1/2 cup de farinha normal
- 2 cups de água
- 1 ovo
- açafrão
- sal e pimenta q.b.

1. Misturar bem a massa até esta ficar homogénea e deixar descansar por 1h.
2. Colocar uma porção de massa numa frigideira anti aderente untada e no meio o recheio que se desejar, fechar e servir a gosto (adicionei um toque do ocidente: batatas fritas com uma pitada de sal, piri piri em pó e polvilhei com parmesão).